quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Onde, exatamente, é o meu lugar? ...



Oi pessoas queridas que sempre dão uma espiadinha aqui, estive ausente por uns dias e confesso que foi mais por preguiça do que por qualquer outra coisa, estava de férias e queria não fazer nada mesmo. Projetei muitas coisas para o blog para o ano de 2013, mas como o ano do brasileiro só começa em março aqui estou eu pondo a casa em ordem. 
Além da preguiça, tive outros problemas para me manter motivada não somente a escrever mas também a tonar algumas decisões, e é sobre isso que eu quero desabafar hoje, sobre como a minha vida anda complicada e imperfeitinha, do jeito que sempre foi, na verdade.
Sonhar faz bem para a alma e para o corpo pois nos motiva a levantar cedo todos os dias e correr atrás dos sonhos, acho que isso nunca foi problema para mim porque me considero uma pessoa batalhadora e corajosa, embora mais da metade da minha coragem venha do apoio e dos puxões de orelha da minha mãe, enfim, sou uma pessoa persistente e que geralmente alcança aquilo que deseja. O problema começa quando a gente questiona os nossos sonhos tendo uma nova perspectiva sobre os caminhos que nossas vidas tomaram ou precisam tomar. Eu já falei sobre escolhas e sobre retornar nas andanças da vida em outro post, foi quando esses questionamentos começaram a surgir na minha cabeça. Por mais que você corra das grandes decisões achando uma desculpa aqui e ali, chega um determinado momento que você está em cima da linha do trem, ou atravessa ou o trem passa por cima de tudo o que você tem.
Muitas coisas aconteceram nas minhas férias (e eu não vou contar, morram de curiosidade) que me fizeram olhar para o meu futuro e colocar muitas coisas na maldita balança dos librianos- librianos usam balanças, você não sabia? De um lado os meus antigos sonhos, coisas projetadas quando ainda era adolescente e que hoje estão a um passo de mim, um pouco mais de paciência e de trabalho e eu alcanço.  No outro lado da balança um futuro totalmente diferente, cheio de realizações, cheio de possibilidades, porém não inclui nada projetado até agora. Ou eu sigo com meus sonhos ou eu tento me realizar vivendo, primeiro, o sonho de outra pessoa. 
Quando comecei a pensar no que teria que fazer, quais seriam minhas alternativas percebi que se não continuasse no meu caminho e fosse até o final, ou pelo menos esgotasse todas as minhas tentativas eu seria uma pessoa frustrada. Não porque a vida de outra maneira não me traria felicidade, mas porque percebi que só serei feliz de verdade por mim e por outras pessoas quando toda a minha realização pessoal estiver concretizada, mesmo que ao final dela eu perceba que não era bem isso que eu queria, se eu não tentar nunca saberei seria feliz com minhas escolhas. 
As vezes, nos encontramos nessas bifurcações,  coisas que aparecem que nos farão felizes tanto quanto  os sonhos antigos de criança ou os desejos mais fiéis do nosso coração, mas que nos farão desistir de algo que pode não ser tão grande quanto o que se apresenta mas que tem o poder de provar que somos capazes de mover o mundo sozinhos. Não desviar do meu destino, mesmo que esse as vezes pareça incerto e tentar até a última gota de suor, foi isso que pesou mais na balança. 
Não nos damos conta, mas as vezes somos embalados pelos sonhos de outras pessoas que estão a nossa volta, pais, irmãos, maridos, namorados, amigos e podemos esquecer de nós mesmos para viver esse embalo que nem sempre nos trará uma felicidade verdadeira. Acredito que você só se torna uma pessoa completa, digna de dividir algo com alguém, quando se sente pleno pelas suas realizações ou até mesmo pelas frustrações que vem com as tentativas. Você foi lá, lutou, venceu ou não, conquistou ou não e se permitiu brigar sozinha, nessa briga aprendeu coisas que te farão ser quem é. Parece papo de auto- ajuda, mas eu experimentei isso e digo com propriedade que os sonhos dos outros podem até ter gosto de felicidade mas de uma felicidade superficial, que não é exatamente sua. 
Claro que muita coisa pode mudar enquanto vamos vivendo, pessoas entram e saem de nossas vidas a todo o momento e tem horas que não há como revidar, é preciso abrir mão daquilo que queremos por forças maiores, mas se você tem esse poder, o poder de controlar a sua própria vida, escolha sempre você em primeiro lugar, faça suas escolhas consciente de que é você  que terá que viver com as consequências delas, mas nunca desista de tentar até o último suspiro, até que todas as forças tenham se acabado. 
Pensei no que realmente queria, pensei naquilo que meu coração mais desejou por anos e então consegui  por o ponto final na história que estava se arrastando ha alguns dias, me deixando angustiada e com a impressão de que eu estava fazendo a coisa errada, claro que estava fazendo a coisa errada, o que eu faria dali pra afrente, se escolhesse outro caminho não seria por mim, mas pelos outros, embora fosse por pessoas que eu amo incondicionalmente seria eu que teria que viver com a frustração de ter escolhido o caminho mais fácil. Pensei que poderia um dia voltar para casa do trabalho me questionado porque deixei passar a oportunidade que eu persegui por tantos anos, porque deixei para trás a vida que sonhei todas as noites durante o ensino médio e faculdade, porque deixe para trás todas as coisas fúteis e superficiais que mais amo na vida. Provavelmente eu chegaria em uma casa que não seria a que eu projetei, com espaços que não foram feitos por mim, com paredes que nada tem a ver com a pessoa cosmopolita que sou. Seria uma ideia superficial de felicidade, porque antes de viver o sonho de outra pessoa, primeiro eu preciso viver o meu, antes de me tornar parte de outra vida, primeiro eu preciso realizar a minha. 
Agora é hora de por a mão na massa e fazer as cosias andarem, depois que o peso sai de nossas costas e estamos certos do que vamos fazer tudo fica mais fácil, inclusive escrever , uma das coisas que mais amo fazer na vida. O blog tem me ajudado de certa forma como uma terapia, aqui eu coloco minhas dores e angustias para fora, comento sobre as coisas que gosto ou dou aquela opinião que ninguém pediu. Esse ano quero dar aquela turbinada nos textos, posts sobre moda e beleza, resenhas de livros... enfim materializar aqui tudo que está na minha cabeça, que não para de criar nunca, inclusive, criar novos caminhos para percorrer... 

Marcinha Peixoto

Nenhum comentário:

Postar um comentário