segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Quero me casar em 1955...


Hoje, olhando uns vídeos desses canais da internet que eu sigo ( não vou citar links) vi um vídeo que me fez refletir sobre o papel da mulher no casamento. No vídeo a blogueira mostrava os presentes e comprinhas para a nova casa: pratos, panelas, talheres, um avental bem fofo, ao mesmo tempo em que dizia com um certo orgulho que não sabia cozinhar e que provavelmente ela e o marido comeriam somete "porcarias" e coisas de microondas. Foi aí que eu me vi arremeçada para a década de 1950!
Eu sei que o movimento revolucionário feminino conquistou muita coisa através dos anos e hoje divide com os homens as tarefas domésticas, mas eu continuo acreditando naquele modelo de família das antigas, em que a mulher organizava  e fazia as tarefas da casa e cuidava com muito carinho do marido fazendo comida, passando suas roupas, não deixando lhe faltar nada. É claro que eu acho que o homem deve sim dividir as tarefas como lavar a louça, cozinhar, varrer, manter as coisas organizadas. Mas vamos combinar que nós mulheres temos um jeitinho bem mais especial de lidar com os afazeres diários. 
Claro que eu vou sofrer um monte de crítica de feministas que não lavam, não passam, muito menos sabem para que serve um Veja X14. Me irrita profundamente uma mulher que diz com orgulho que não sabe cozinhar: mas como??????? eu me me pergunto!!!!! Aprendi que casamento é dedicação total, é se doar para o outro, é cuidar com carinho das coisas, do lugarzinho onde o objeto do seu amor mora, claro que é dividir mas não tem recompensa melhor do que ver aquele sorriso no rosto de quem é mimado.
Sim, eu acho que deveria casar em 1950, quando a mulher era rainha do lar, quando se esforçava diariamente para manter tudo em ordem. Aquela mulher que esperava o homem chegar com um jantar gostoso e a casa toda arrumadinha. Eu quero trabalhar, construir um a carreira sólida e sabemos que a carga horária de trabalho (que hoje é igual ou superior a dos homens) não permite essa dedicação total, mas se um dia eu me casar meu marido pode ter certeza que terá minha dedicação total ao lar. Não minhas amigas eu não sou uma besta atrasada que acha que mulher tem que ser submissa. Eu só to dizendo que eu quero cuidar de quem eu amo. 
Eu sei que esse é um daqueles textos em que todo mundo torce a cara para minha opinião. Mas eu não poderia deixar passar em branco o absurdo que foi assistir o vídeo e a ideia errada que a maioria das meninas (sim meninas entre 20 e 25 anos) tem de um casamento. Imaginam que casar é dividir a mesma cama e que todos os dias serão como uma comédia romântica açucarada de final previsível. Homem nenhum vai querer chegar em casa cansado e encontrar uma casa revirada, geladeira vazia e uma mulher que o manda se virar. Talvez agora eu até me contra-diga, ou não. Não sou contra a divisão das tarefas nem estou fazendo apologia a escravidão feminina. Só acho que essas "liberais" não estão cumprindo seu papel. Casar é dividir a vida com outra pessoa e automaticamente ser responsável por ela. Pelo que ela veste, pelo que ela come, pelo que ela vive. As vezes a gente se pergunta porque os casamentos de antigamente, dos nossos pais e avós duravam mais e hoje tudo que é sólido se desmancha no ar. Talvez por isso mesmo, pela falta de dedicação da mulher ao lar, pela arrogância que carrega em si querendo que o homem faça aquilo que é dever dela. Tá, não vamos ser como nossas avós que não trabalhavam e ficavam na volta dos filhos e do fogão. Podemos ser um pouco mais exigentes, nos permitiremos pedir que levem o lixo para fora, que recolham a roupa, que ponham a mesa, que sequem a louça. Mas também vamos cuidar com carinho e esmero de quem a gente ama. Casamento não é somente diversão, é dedicação.
Mulheres ainda são educadas na cozinha enquanto os homens brincam com seus carrinhos. Embora muito disso tenha mudado com o passar dos anos, a maioria de nós é ensinada a lavar, passar, cozinhar e fazer todas essas coisas chatas (eu disse que deveríamos fazer mas em momento algum falei que eram legais e divertidas). Sabemos que faremos os trabalhos domésticos muito melhor do que eles. Como eu disse, EU, quando tiver um marido, terei prazer em me dedicar a ele, assim como em 1950 as mulheres se dedicavam.
Não sei se esse meu pensamento vem da minha educação, que foi muito boa obrigada, ou se vem da minha adoração pela década de 1950 quando as mulheres eram mais femininas e meigas. Quando ainda não eramos vistas como objeto descartável de puro prazer. Enquanto me questiono sobre a liquidez do mundo moderno e a total falta de noção de quem pensa que casamento é viver feliz para sempre, fico imaginado se estou tão errada assim. Tenho duas amigas, uma posso chamar de cinquentinha, casada, dedicada, trabalha, cuida do marido, saem, se divertem, dividem as tarefas, estão felizes, vão ter um bebê. Outra casou a pouco, já entrou para dentro de casa dizendo que não sabia limpar o banheiro, que não nasceu para as tarefas diárias, que se o marido quer alguma coisa, que faça por conta própria, tem uma vida independente dentro do casamento. Está infeliz, a beira do divórcio. Então eu me pergunto se esses mesmos valores que eu acredito serem importantes não são ainda o que mantém muitos casais completando aniversários de casamento. Talvez eu esteja sendo um pouco radical. Talvez não. Não importa o que o mundo pensa sobre o papel da mulher no casamento, importa que, quando eu estiver casada,  serei como minha mãe me ensinou, uma perfeita dona de casa.

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