quarta-feira, 22 de maio de 2013

Por que dói...



Algumas vezes, quando cometemos algum erro ou lutamos por algo e somos vencidos, temos aquela sensação de derrota, de que o mundo conspira para nossa infelicidade. Não aceitamos perder ou fracassar, somos levados o fundo do poço pelo nosso sonho frustrado, pela tristeza que chegou junto com a má notícia. Sentamos, abraçamos os joelhos e choramos na escuridão copiosamente sentindo como se naquele momento a vida não tivesse mais sentido, suas lutas até ali não valeram de nada. É um momento de reclusão em que não só os fracos mas também os fortes se entregam a dor. 
Sentir vergonha de si mesmo, vergonha da derrota. Sentir mais vergonha ainda por deixar a raiva daqueles que alcançaram a linha de chegada antes de nós aflorar no nosso peito, como se fosse injusto de alguma forma termos perdido, como se nunca mais fossemos capaz de fazer alguma coisa certa. sentir-se um nada, sentir que nada vale a pena, que essa dor vai ser eterna e que a vida não faz mais sentindo! Nessa minha batalha eu fui derrotada!!!
Permitirei me sentir essa dor insuportável, chorarei todas as lágrimas que quiserem descer pelo meu rosto, perguntarei para o nada por que não sou merecedora de estar juto aos conquistadores. Me permitirei ir ao fundo do poço. E depois de sentar e abraçar meus joelhos, depois de as lágrimas secarem erguerei meu corpo e darei um impulso para emergir. De lá sairei marcada, machucada, cansada da dor dilacerante e ainda assim respirarei fundo e darei o primeiro passo em direção a uma nova via. 
Não é errado perder e se entregar a todos esses sentimentos de raiva, inveja, fracasso e frustração. Errado seria se você não começasse tudo outra vez. O mundo não é feito pelos desistentes mas por aqueles que mesmo perdendo batalhas não descansam enquanto não ganham a guerra. É preciso se entregar a esse tipo de luto para recuperar as forças. É na reclusão, na solidão, nas noites em claro que encontramos soluções para dar a volta e retomar de onde paramos. Se entregar a dor lava a alma, exorciza os demônios, nos faz ter outra perspectiva de nossa história, mas é preciso ter plena consciência  de que esse período deve ser como um ciclo, de começo, meio e fim. 
Podemos perceber nossos planos frustrados de uma forma positiva como se fosse uma visão para não irmos por esse caminho ou que coisas maiores nos esperam mais lá na frente. Retomamos nossas anotações mentais, nossas metas e reavaliamos o nosso futuro. Teria mesmo dado certo? Era isso mesmo que eu queria? Isso realmente iria me fazer feliz? talvez a resposta seja mais fiel a ao que você quer e o que você acredita: isso seria pouco de mais para a a pessoa que você quer ser, seria um caminho sem volta para a acomodação. 
Deixe a dor entrar, deixe a frustração movimentar as lágrimas, mas lembre-se que não existe apenas um único caminho para se chegar ao topo da montanha. Permita-se se sentir a última criatura da face da terra, mas não esqueça que batalhas são perdidas todos os dias, mas as guerras somente quando se para de lutar. Recupere-se, levante-se, junte a força que ainda resta, tome um novo fôlego e ponha-se a campo novamente, com novas táticas, nossos estudos de campo, novas metas você mais cedo ou mais tarde chega onde deseja tanto. 


"NUNCA É TARDE PARA VOCÊ SER O QUE DEVERIA TER SIDO"
George Eliot

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