terça-feira, 7 de agosto de 2012

Depois da primeira dose...

Muita gente, e esse muita gente inclui principlamente minha mãe, implica comigo porque sou viciada em séries. Viciada de viciada mesmo, (pleonasmo redudante!). Eu paro o que estou fazendo, não dialógo com ninguém, peço encarecidamente que me liguem uma hora antes ou uma hora depois (isso quando não é maratona ou duas séries coladas). E já fui parar no hospital com a pressão sanguinea 12/17 na terceira temporada de DEXTER. A coisa é patológica mesmo. Mas eu não estou nem aí! Séries são como terapia para mim, é nos dramas, nas comédias, nos romances, nas tragédias que eu encontro as respostas para os meus questionamentos sobre a vida.
As pessoas não são fãs de ícones pop, políticos, revolucionários, grandes personagens da História? Ah, pois é, eu disse personagem né? E o que são a maioria daqueles em quem nos inspiramos se não personagens ciriados ou pela mídia ou por eles mesmos... mas discutir Baumam não cabe aqui, esse é outro post...
Enfim, o que quero dizer é que não vejo mal nenhum em minhas inspirações virem de personagens com diálogos inteligentes, figurinos impecáveis (salve Pretty Little Liars e Gossip Girl) e tramas que te fazem... bem... as vezes te fazem parar no hospital.
Esse bla, bla, bla todo é para dividir com vocês o início de tudo, como foi que euzinha aqui se viciou no que eu chamo de meu mundo mágico paralelo... não, não é Narnia... é só WB, SONY, FOX, AXN, mas vamos ao que interessa...

A LONG TIME AGO...



Eu tinha uns 12, 13 anos quando comecei a assistir Beverly Hills 90210 ( eu não suporto ouvir as traduções ridículas dos títulos e NUNCA falo eles em português). Quem não gostaria de ter pais compreensivos como os Walsh? Quem não amava o badboy lindo Dylan? Ahhhh que saudade... Lembrando que nessa época TV por assinatura era uma desconhecida para mim e eu assistia os episódios sábado na Globo!
Ano passado consegui assistir todas as temporadas (legendadas) que foram reprisadas pelo... juro que não lembro o canal. 


Mais tarde comecei a assistir My so called life (Minha vida de cão), série que passava no SBT e tinha a Claire Danes como protagonista. Não faço a mínima idéia do nome dos personagens (mesmo porque isso faz muito tempo), mas lembro do cabelo chanel vermelho que ela usava e minha mãe nunca me deixou fazer igual. A série era cheia de drama, sexo, drogas, amigo gay, amiga louca e o carinha fofo badboy por quem ela era apaixonada. Uma fotinho para vocês lembrarem... Vocês que nasceram na década de 80 tá! 



Até aqui tudo estava normal, minha vida aos sábados se resumia em assistir duas séries legais que não interferiam na minha rotina ou na minha personalidade. Eu fui crescendo e foi aí que a coisa ficou séria:


Não há nesse mundo de sériesmaníacos quem não conheça Blossom Russo né gente? Minha personagem favorita era a Six, a melhor amiga que não calava a boca nunca (vem daí o meu email: marciasix@bol. com br). Apelido dado na época por um amigo que dizia que eu era tão tagarela quanto ela. Foi com a Blossom que as isnpirações começaram. Eu realmente queria ser a Six e ter uma melhor amiga como a Blossom. O irmão Joey era uma figura tosca e o Tonny um bêbado em recuperação. Os diálogos nem eram tão inteligentes... para matar a saudade assistam The Big Bang Theory, Ammy consegue ser tão feia quanto a Blossom!


Foi  aí que Dawson's Creek arrebatou meu coração!


Eu já cursava o ensino médio e claro, fui a loucura querendo que a minha vida fosse igual a da Joey. Ah como eu amava o casal Joey e Pacey, era fissurada nos diálogos inteligentíssimos da série, os personagens eram maduros de mais para a idade. Hoje, olhando as reprises (sim, eu vejo as reprises todos os dias no LIV, eu percebo que era impossível ter aquela vida. Ninguém naquela idade tinha aquela capacidade intelectual de formar aquelas frases. Pelo menos não os meus colegas.  Mas eu teimava em tentar ter amigos assim, ser mesmo a Joey ou fazer as loucuras da Jen. Um viva para Michlle Willians, Joshua Jackson (eu amooo FRINGE) e Kate Holmes que conseguiram seguir carreira. Nessa altura da minha vida a coisa já era patológica, comecei a querer ir para os EUA jurando que ia viver igual a eles... doida!

Foi então que eu descobri que SKY existia e não teve mais volta. Além de não querer perder mais nada, (eu dormia e acordava com a TV ligada) acabei por achar alguém mais inpirador:



Rory Gilmore! A relação entre mãe e filha dessa série era muito inspiradora, para mim, não para minha mãe. Os diálogos entre elas eram incríveis e impecavelmente escritos. O figurino da Rory era lindo e eu queria muito viver em Starshollow, cidade cheia de maluquinhos. Amava os dramas e o jeito como a personagem passou pela adolescência foi mesmo inspirador para mim, aqui eu já procurava nas séries as respostas que eu precisva para encarar  a vida, e claro, os modelos de casacos para o inverno.
Adolescência terminada sem muito estrago, Marcinha já viciada em séries, querendo que ser cada dia um personagem diferente. Quando me sentia triste, desanimada, com algum problema com meninos era só assistir um episódio dessas séries que a coisa melhorava, era e ainda é, como mergulhar em um mundo paralelo, viver uma outra vida, ir ferida e voltar curada ou pelo menos com o remédio prescrito.
E para terminar veio o que eu posso dizer que foi realmente o começo de quem eu sou hoje: Rachel Green



FRIENDS é de longe a melhor série de todos os tempo, mas esse também é assunto para outro post porque quando cheguei "aqui" já era uma jovem adulta.  Mas foi com essas séries que eu comecei a minha vidinha de viciada, querendo mesmo ser um personagem desses. Rachel foi e ainda é uma das que mais me inspiram porque começou como garçonete e terminou trabalhando no que sempre sonhou: MODA.
Então galera, se me estendi foi porque queria mesmo mostrar como foi que eu fiquei assim, essa pessoa que não fala com o namorado nas terças, quartas e quintas à noite porque ta sentada em frente a TV assistindo séries... e o pior é que ele nem liga, porque sabe que eu não vou atender!



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